risco do covid e risco de descontinuidade do negócio

Qual o nível de risco que você está disposto a correr com sua vida?

Muitas pessoas têm se perguntado sobre o que muda em sua vida depois da vacina. Vamos lá, depois de ter tomado as 2 (duas) doses da vacina, seja ela qual for, segundo as autoridades da saúde, você atinge a proteção desejada cerca de 15 dias após ter tomado a 2ª (segunda) e última dose da vacina. A partir disso, o risco de ter Covid se reduz entre 50 e 70% e, por sua vez o risco de ter doença grave com possibilidade de evoluir para óbito se reduz para algo entre 20% de risco a risco zerado, a ser conferido. Se a proteção da vacina com relação à infecção é de 50%, você ainda pode ter a doença e também transmitir. Existe uma dúvida se as pessoas vacinadas transmitem uma doença com menor carga viral, o que é provável, mas ainda não definido. Vamos analisar agora alguns cenários possíveis após a sua vacinação. Se Você vai conviver com outra pessoa que ainda não está vacinada, lembre-se de que você poderá transmitir a doença para ela. Se for uma transmissão com menor carga viral, menor o risco para outra pessoa. Mas isso, como disse, é uma suposição. E isso poder mudar de figura se a pessoa não vacinada pertencer a algum grupo de risco, como por exemplo idosos, grávidas, diabéticos, obesos, crianças menores de 2 anos etc. E se a outra pessoa com quem você se encontrar também estiver vacinada? A possibilidade de transmissão ainda existe, mas os riscos envolvidos são bem menores. Por isso, quanto mais gente vacinada, menores os riscos de doença, de quadros graves e óbitos. É o caminho da imunidade coletiva. Agora pense no inverso, nos riscos relacionados a Você. Ainda que vacinado, ainda que com risco reduzido, se você conviver com pessoas não vacinadas e se, eventualmente, essas pessoas estiverem contagiantes, você ainda tem risco de se contaminar. O seu risco de doença grave é muito reduzido, mas não é zero. Isso significa então que a vacina não muda nada? Claro que muda. E a primeira mudança vai ser nas taxas de hospitalização e óbitos nos grupos de maior risco, que estão sendo vacinados primeiramente. Começa a reduzir a pressão sobre o sistema de saúde, atualmente em alto grau de stress. É a redução de risco coletivo. E do ponto de vista individual muda? Também muda e muito. Mas tudo é uma questão de entender riscos e saber quais você considera como aceitáveis para você e os que te cercam. E para a coletividade. E quando você que foi vacinado vai poder ficar com baixo risco sem máscaras com outras pessoas? Quando você estiver em ambientes bem ventilados e pouco aglomerados, onde todos estejam vacinados ou já tenham seguramente tido a doença. Em um almoço de família, por exemplo, avalie quantos participantes já estão nessa situação, quantos estão em grupos de risco, quanto tempo vai durar esse almoço e em que ambiente ele vai ser feito. Aí você decide. Mas lembre-se de que se bem usadas, as máscaras oferecem proteção em torno de 80% com relação à infecção. Em função do que foi dito, considere que as máscaras ainda permanecerão por um bom tempo, mesmo entre os que já foram vacinados, como uma camada de proteção visto que estamos ainda em um período de alta transmissibilidade da doença.

Qual o nível de risco que sua Empresa está disposta a assumir no seu negócio?

Muitos executivos e gestores têm se perguntado sobre o que muda em sua empresa depois da vacina. Vamos lá, especificamente na boa gestão da empresa é que focaremos agora, a qual inicia-se por uma boa relação entre pessoas e processos, processos e pessoas. Pessoas capacitadas e constantemente sendo motivadas em se desenvolver cada vez mais e por conta disso buscar incansavelmente por melhoria e maior eficiência nos processos, é básico. Tomando essa 1ª dose da vacina, podemos começar a analisar outros pontos vulneráveis que possam deixar a empresa mais forte e logo, mais saudável. Uma boa governança, controle de custos e boa margem de contribuição sustentável já nos remetem para uma eficiente e pujante área comercial. É hora de rever se está atendendo os melhores clientes e comprando com os melhores fornecedores, “produto, praça, preço” sempre estão na moda e é fundamental que estejam em perfeita sintonia! O seu negócio, caso ainda não esteja, pode atuar no mercado externo? A globalização tem que ser usada a nosso favor e não pode ser uma dor de cabeça. Eventualmente está na hora do “barman” fazer do limão uma limonada ou caipirinha. As oportunidades e facilidades são enormes! Bem, feito isso, está na hora de tomar a 2ª dose da vacina. Como está a fotografia da empresa? Ou seja, a foto reflete de fato a real situação da empresa? Já está na hora de rever a sua estratégia contábil, econômica e financeira, promovendo em alguns casos uma profunda reflexão e mudança na sua estratégia até então adotada e que está jogando contra o crescimento da própria empresa. O mercado financeiro está, corretamente, cada vez mais exigente, e não existe mais espaço para aquela história de que a empresa otimiza ao máximo as regras contábeis para pagar o menor volume de imposto possível e por conta disso penaliza algumas contas como seu patrimônio líquido. É preciso rever seus investimentos, relação imobilizado x depreciação, vantagens fiscais, produtos com melhor margem e menor carga tributária etc. Algum tempo após tomada a 2ª dose da vacina ainda é tempo de consolidar as mudanças e eventualmente promover alguns ajustes para um futuro promissor e longínquo da sua empresa. Bem, assim como no quadro da Covid, caso a sua empresa faça parte de um grupo econômico e alguma das empresas não estiver saudável, vacina, sim, é bem possível que as empresas saudáveis sejam contaminadas pela empresa “infectada” e dessa forma prejudicar o grupo econômico. O conceito de quanto mais pessoas vacinadas, o coletivo fica menos vulnerável, no mundo empresarial acontece da mesma forma.

Receituário de alguns medicamentos para a empresa:

  • Elencar e priorizar as suas principais dores;
  • Seus processos administrativos são morosos e burocráticos? Está na hora de automatizar e investir numa boa ferramenta tecnológica (existem “n” alternativas para implantar, não precisa ir do 8 para o 80, mas fazer uma transição consistente);
  • Eleger seus principais clientes e ampliar a sua base;
  • Renegociar uma redução do seu prazo de recebimento;
  • Renegociar uma ampliação do seu prazo de pagamento a fornecedores;
  • Adequar seu estoque frente aos seu perfil de negócio;
  • Utilizar mecanismos disponíveis no mercado para viabilizar novos prazos de pagamento ao fornecedor (risco sacado pode ser uma alternativa);
  • Imobilizado x depreciação está condizente com a realidade da empresa? Talvez uma reavaliação seja pertinente, assim como uma aceleração da depreciação possa equacionar alguns gargalos;
  • A sua matéria prima nacional pode ser substituída por outra estrangeira? Tem que cotar para buscar as melhores ofertas;
  • O preço do seu produto/serviço está gerando margem de contribuição? Talvez eliminar algum produto e incluir novos possa ajudar para o crescimento da área comercial, assim como olhar oportunidades no mercado interno e externo (hoje temos várias trades que ajudam a viabilizar as operações com o mercado externo);
  • Já pensou em renegociar seu endividamento? É preciso alongar sua dívida para desafogar sua tesouraria e permitir que a empresa ganhe fôlego no seu fluxo de caixa. O mercado está aberto para operações combinadas com garantias diferenciadas e que possam promover uma redução no custo original;
  • Está fazendo uso do melhor aproveitamento fiscal?
  • Já fez estudo para verificar se não houve recolhimento a maior dos seus impostos e isso é passivo de ressarcimento?
  • Possui pendência fiscal? É preciso montar um plano de renegociação para regularizar a pendência;
  • Como está a relação de capital dos acionistas e capital de terceiros bancando a empresa? Importante revisar essa relação e dar transparência ao mercado;
  • Patrimônio Líquido saudável é sinônimo de empresa com bom nível de gestão e sustentabilidade;
  • O resultado está de fato refletindo uma boa gestão? Se não estiver, é preciso revisar os pontos acima;
  • Governança é boa empresa, para os acionistas, para os empregados, para os clientes, fornecedores e mercado. Se não implantou, já está passando da hora;
  • Outros…

Em resumo, por analogia, assim como em nossas vidas devemos definir qual o nível de risco que queremos assumir com a nossa saúde e quais mecanismos de proteção disponíveis queremos fazer uso, nas empresas acontece exatamente da mesma forma e se não forem tomadas medidas preventivas ou reativas para manter a empresa saudável, em ambas as situações a longevidade estará comprometida e no caso da empresa a perenidade do negócio corre grandes riscos de vir à óbito futuramente.
Nós, da Truth Finance, temos convicção de que tomando a dose certa de medicação e vacinação, a sua empresa terá maior chance de sucesso e crescimento sustentável. Fale conosco, sem compromisso, para entendermos quais as suas dores, necessidades e oportunidades!

Fonte de pesquisa da saúde:
Dr. Luiz Jorge Moreira Neto – médico infectologista e clínico geral
Dra. Lícia Gisele Camillo – médica endocrinologista pediátrica

Edu Oliveira

Economista, especialização em Administração Bancária pela FGV, Programa Avançado de Gestão pela FAE em Curitiba e ESADE em Barcelona. Possui 35 anos de experiência atuando no Varejo, Plataforma Empresas, Corporate e Large Corporate no Itaú Unibanco e Itaú BBA, atendendo vários segmentos como agronegócio – setor sucroalcooleiro e cooperativas de produção, defensivos agrícolas, varejo – alimentos, supermercados e magazines, higiene e limpeza, montadoras, alta tecnologia, construção, dentre outros. Os últimos 07 anos dedicou ao Cooperativismo de Crédito onde atuou no Sicoob em Cooperativa Central e Singulares como Gerente, Diretor de Negócios e Diretor Superintendente. Atualmente é Diretor na Truth Finance Consulting.

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